Faço faculdade de Letras/Espanhol, e uma das matérias que estou vendo chama-se Fundamentos da Educação, onde estudamos sobre a educação na sociedade contemporânea, seus princípios e valores, qual sua finalidade entre outros. Em meu material, encontra-se várias finalidades para a educação em nossa atual sociedade e, a que me chamou atenção foi a que disse que a educação tem como finalidade formar o ser humano desejável para um determinado tipo de sociedade, dessa forma, ela visa promover mudanças relativamente permanentes nos indivíduos, de modo a favorecer o desenvolvimento integral do homem na sociedade. Com outras palavras, a educação serve para moldar o indivíduo de maneira que se torne o mais útil possível para a sociedade. O material também aborda que, a educação também pode favorecer o desenvolvimento de uma visão participativa, critica e reflexiva dos grupos nas decisões dos assuntos que lhes dizem respeito, se essa for a sua finalidade. Na minha opinião, todos deveriam querer e ter a possibilidade de aprender, como ter essa visão critica e reflexiva e, participar das decisões que os envolve. Mas para que seria útil para a sociedade alguém que reflete sobre a nossa realidade?
No Brasil, na Lei n° 9.394, encontra-se assim: "a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, de seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho." mas, e o desenvolvimento do ser indivíduo, único, com qualificações que nunca serão descobertas porque não são exploradas?
Muitos sabem que cada pessoa tem sua forma de aprendizado, porém, nas escolas, você tem que se virar pra aprender da maneira que o professor está ensinando. Muitos saberes nos são empurrados e somos obrigados a "aprender" sendo que nunca vamos utilizar isto em nossas vidas. Imagine se todo esse tempo perdido aprendendo algo que só processamos, porque é necessário, fosse aproveitado estudando o que realmente é da nossa realidade, o que realmente nos envolve, o que realmente nos interessa, e que podem ajudar a escolher uma profissão futura. Já imaginaram uma escola em que houvesse vários métodos de aprendizado e cada um fosse para o que se identifica? Já imaginaram escolas que explorassem o talento de cada um? Imaginem o tanto de gênios que apareceriam. Porém todo o interessante, que é o que há dentro de cada um, está guardado e compactado pra que não seja descoberto e nem atiçado para não fugir do padrão.
Eu sei que muitos não concordam com essa ideia. Pensam que é uma utopia, e uma loucura. Conversei com uma pessoa muito importante para mim, que cursa economia, e quando falei entusiasmada sobre essa ideia que mudou minha visão de educação, ele me disse: " mas com essa visão de educação, cada um desenvolvendo seu talento, você está pensando no indivíduo". Bom, como ele cursa economia, compreendi que para ele, é ensinado de outra maneira, e eu, estou sendo ensinada a refletir, a pensar, e a querer mudar esses moldes para que o indivíduo tenha seu direito de identidade.





Parabéns pela reflexão Larissa!
ResponderExcluirRealmente eu aprendi um monte de coisas que não me serviram pra quase nenhuma das escolhas que fiz até aqui, e sempre fiquei com essa sensação de que tinha que aprender porque fazia parte de um cronograma imposto sei lá por quem...
E assim me sentia como uma peça que não se encaixava nesse "jogo padrão" em relação a determinados conhecimentos que eu não me identificava e que muito menos eu usaria pra minha vida, mas que era obrigada a aprender.
Mas vou torcer muito pra que esse modelo de escola que você descreveu pra imaginarmos esteja ao alcance dos meus filhos.E uma coisa é certa, nós como estudantes de licenciatura podemos dar uma grande contribuição pra trazermos esse diferencial em nossas futuras salas de aula. Ainda que seja um pequeno passo é algo possível. #euacredito# :-)
Parabéns pela reflexão. Há que se considerar a pessoa na educação. Quebrar o conceito de "classe", "turma", como se fosse uma massa sem rosto e que as pessoas construam novas maneiras de estarem juntas umas com as outras.
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